Qual a relação entre a quantidade de leite coletado por quilômetros e a eficiência do transporte?

Atualmente, a logística está presente em qualquer ambiente organizacional, necessitando de um balanceamento entre o uso dos recursos e da capacidade de execução, afim de poder gerar vantagem competitiva para sua sobrevivência.

Os custos de coleta do leite in natura são de suma importância para a sobrevivência dos laticínios e a gestão desses custos auxilia a empresa a ganhar cada vez mais competitividade. Assim, muitas vezes uma logística eficiente é o diferencial para se manter o melhor relacionamento entre produtor e empresa.

A coleta de leite in natura passou por diversas mudanças nas últimas décadas, o leite passou a ser transportado por VEÍCULOS com tanques de aço inoxidável, com revestimento isotérmico, e transferido para o caminhão por meio de bombas de sucção. Foi também implementado mecanismos de controle para os transportadores como a roteirização via GPS, janela de horários para a descarga na indústria, tablets e coletores automáticos de amostras de leite.

Nesse sentido, a coleta de leite á granel é uma das operações de grande impacto nos custos operacionais das empresas de laticínios, e é devido a isso que há uma enorme atenção na busca por mecanismos que reduzam esses custos. Por isso, a otimização das rotas e a localização dos tanques de expansão são de grande interesse para as empresas.

No contexto atual de mercado, onde os clientes exigem serviços de alto nível técnico e de competência, os profissionais de transporte necessitam estar capacitados, essas questões são mais complexas do que a maioria imagina, exigindo agilidade em coletas e entregas, otimização do uso da frota com deslocamento mínimo e planejado.

O processo de coleta de Leite cru refrigerado a granel consiste em recolher o produto em caminhões com tanques isotérmicos construídos internamente de aço inoxidável, e através de magote flexível e bomba sanitária, acionada pela energia elétrica da propriedade rural, pelo
sistema de transmissão ou caixa de câmbio do próprio caminhão, diretamente do tanque de refrigeração por expansão direta ou dos latões contidos nos refrigeradores de imersão (BRASIL, 2002).

Lucena et al (2004) relatam que o controle para a melhoria do leite requer uma análise sequencial em um sistema dinamizado em quatro etapas: o caminho do leite desde a saída do produtor até a chegada à fábrica; a produção dentro da fábrica; o sistema de distribuição e o produto final que chega ao consumidor.

O custo R$ /km é proporcional ao volume de leite e inversamente proporcional a quilometragem percorrida. Nesse sentido, todas as rotas devem ser trabalhadas para alcançar o menor custo possível.

A indústria faz todo um trabalho no campo para potencializar e fidelizar os seus produtores, inclusive com bonificação e pagamento diferenciado pelo volume e qualidade do leite entregue, esta prática traz vantagens para todo o processo.

Ganha, a indústria pelo tempo de rota e custo do transporte, ganha o transportador por um percurso eficiente e regular, ganha o produtor pelos custos intermediários menores e, consequentemente um preço mais justo, ganha o meio ambiente por uma menor emissão de Co2 e ganha toda a cadeia leiteira que contribui para uma maior competitividade.

Na coleta de leite, os pontos mais sensíveis da logística dizem respeito principalmente á transferência de matéria-prima até a unidade fabril, e é por isso que a nossa empresa detém de um Programa de Logística específico para racionalizar custos no transporte juntamente com a utilização de ferramentas adequadas para a melhor roteirização possível.

Fontes Consultadas